Uma das únicas coisas que posso considerar constante na minha vida é o fato de ser mandatória, no domingo, uma arrumação nas minhas roupas, gosto de percorrer o olhar nas peças, combina-las mentalmente e exercitar o inusitado, mesmo que o inusitado não seja o dress code do dia-a-dia.
E na
arrumação de hoje toda uma reflexão sobre como eu consigo identificar
claramente as mudanças da minha personalidade com as mudanças do meu estilo. É até
engraçado lembrar a adolescente tabacuda que ia para a balada com as amigas, divas da sala, usando blusas com estampa da Hello Kitty, isso aos 14 - 16 anos, a bobinha que aos 18 anos ainda usava roupa da seção infantil
e foi fazer vestibular com uma blusa azul estampada com uma bonequinha japonesa
hahahahahahaha... mas a roupa, por mais que eu tente negar era quem eu era, uma
bobinha, uma fofinha, uma idiota que ainda não tinha entendido claramente qual
seria o próximo passo.
Lembro que quando fui começar a faculdade meu sonho era ter 20 blusas, pelas minhas contas assim eu passaria um mês inteiro sem repetir as blusinhas, nessa época eu ainda acreditava que quantidade era o mais importante e não me importava muito se a roupa que eu comprava tinha o tecido certo, era durável e nem mesmo se era bonita, só queria bater a meta das 20, que nunca passaram de 10 hahahahahaha... só que de repente eu me vi estagiária, no ambiente de trabalho, com uma marca de Havaianas no pé e do nada enxerguei na roupa um instrumento capaz de expressar minha personalidade, já que sempre fui tímida para usar as palavras.
Só que entre desejar mudar e mudar de fato mora um abismo de questionamentos que vão desde questões práticas (o que comprar? onde comprar? com que dinheiro?) até pessoais (do que eu gosto? o que eu quero usar? quem eu sou?) e isso é bem louco, o desejo tá ali, mas as respostas não e isso gera uma inquietação louca, mas muito gostosa de viver, é na transformação que eu vejo o quão forte eu fui, mesmo sem confiança alguma... e é aí que a roupa entra na minha vida como um instrumento que me dá mais confiança, é tipo o Clark Kent bobinho jornalista virando o homão Supermam através de uma simples troca de roupa e a roupa servindo como um classificador no seu comportamento pessoal e no seu alter ego.
Lembro que quando fui começar a faculdade meu sonho era ter 20 blusas, pelas minhas contas assim eu passaria um mês inteiro sem repetir as blusinhas, nessa época eu ainda acreditava que quantidade era o mais importante e não me importava muito se a roupa que eu comprava tinha o tecido certo, era durável e nem mesmo se era bonita, só queria bater a meta das 20, que nunca passaram de 10 hahahahahaha... só que de repente eu me vi estagiária, no ambiente de trabalho, com uma marca de Havaianas no pé e do nada enxerguei na roupa um instrumento capaz de expressar minha personalidade, já que sempre fui tímida para usar as palavras.
Só que entre desejar mudar e mudar de fato mora um abismo de questionamentos que vão desde questões práticas (o que comprar? onde comprar? com que dinheiro?) até pessoais (do que eu gosto? o que eu quero usar? quem eu sou?) e isso é bem louco, o desejo tá ali, mas as respostas não e isso gera uma inquietação louca, mas muito gostosa de viver, é na transformação que eu vejo o quão forte eu fui, mesmo sem confiança alguma... e é aí que a roupa entra na minha vida como um instrumento que me dá mais confiança, é tipo o Clark Kent bobinho jornalista virando o homão Supermam através de uma simples troca de roupa e a roupa servindo como um classificador no seu comportamento pessoal e no seu alter ego.
E esse caminho de me enxergar por meio do modo como me visto transformou-me em uma
admiradora confessa de roupas, mas não aquela que está lá sendo exuberante na
passarela, mas sim a que
a moça estilosa está usando ao ponto de despertar o desejo de furtar a
personalidade daquela pessoa... sério, é fascinante ver alguém com uma roupa
incrível e mais fascinante ainda quando você se interessa pelo boy estiloso e
descobre que ele é um abusadinho maravilhoso, inteligente e isso vira um
relacionamento sem rótulos (não muito saudável, confesso).
É importante lembrar, apenas, que a mudança é uma constante e assim como na vida é imprescindível praticar o desapego, rever os arranjos de um bom estilo, de um bom look do dia e até de si mesmo.
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