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Acho que o mais justo é começar esse texto expressando o quanto sou ingênua, como arquiteta, por acreditar seriamente que sou capaz de transformar a vida de uma pessoa através de um design correto, eficiente e convidativo.
Bom,
hoje, ao organizar meus links salvos me deparei com esse projeto: Centre Village, dos escritórios 5468796 Achitects e Cohlmeyer Architecture Limited. O fato é que achei o projeto fantástico, no nível de desejar tê-lo feito, é um projeto que claramente mostra a vontade dos escritórios envolvidos em fazer muito mais que uma simples máquina de morar.
Infelizmente, o link não tratava-se de uma exposição do projeto, mas sim de um relato de como a sociedade interage com a edificação. No cru, sem flores, o texto diz que a arquitetura errou com a sociedade e ofereceu habitações pequenas que cercam um pátio ideal para praticar crimes longe dos olhares da polícia. É claro o sensacionalismo e uso de generalizações, além do fato de que os problemas apontados claramente vão muito além do projeto arquitetônico, mas o texto é um importante objeto para reflexão.
É interessante ver como a arquitetura é recebida por quem vive o espaço, principalmente uma arquitetura onde o cliente é apenas um número de famílias e não as famílias em si. E acho que abordagens como essa do The Guardian são alertas para nós, arquitetos, refletirmos com as experiências dos nossos colegas, para que possamos cada vez mais mostrar designs eficientes ou simplesmente argumentos concisos para os "sabichões", como podemos ver na resposta dos arquitetos.
Por mais que eu me esforce para tomar partido sobre o insucesso ou não do projeto eu me encontro dividida entre a análise da realidade do local e o desejo de criar prospectando um futuro de uma sociedade ainda idealizada, onde a mudança vai muito além de uma simples solução de design. E é aí que questiono até onde a arquitetura, sozinha, é capaz de transformar o comportamento social.
Infelizmente, o link não tratava-se de uma exposição do projeto, mas sim de um relato de como a sociedade interage com a edificação. No cru, sem flores, o texto diz que a arquitetura errou com a sociedade e ofereceu habitações pequenas que cercam um pátio ideal para praticar crimes longe dos olhares da polícia. É claro o sensacionalismo e uso de generalizações, além do fato de que os problemas apontados claramente vão muito além do projeto arquitetônico, mas o texto é um importante objeto para reflexão.
É interessante ver como a arquitetura é recebida por quem vive o espaço, principalmente uma arquitetura onde o cliente é apenas um número de famílias e não as famílias em si. E acho que abordagens como essa do The Guardian são alertas para nós, arquitetos, refletirmos com as experiências dos nossos colegas, para que possamos cada vez mais mostrar designs eficientes ou simplesmente argumentos concisos para os "sabichões", como podemos ver na resposta dos arquitetos.
Por mais que eu me esforce para tomar partido sobre o insucesso ou não do projeto eu me encontro dividida entre a análise da realidade do local e o desejo de criar prospectando um futuro de uma sociedade ainda idealizada, onde a mudança vai muito além de uma simples solução de design. E é aí que questiono até onde a arquitetura, sozinha, é capaz de transformar o comportamento social.
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